Há quase seis anos atrás evangélicos de várias denominações se uniram para fundar a Associação Filantrópica Ebenézer, na cidade de Taperoá. Eram 110 associados e diversos voluntários que davam parte de seu tempo à serviço do próximo.
A A.F.E. (leia «a fé») começou com a entrega do Sopão para famílias carentes do município, e já realizou atividades, como: Campanha Pela Família (Educando o caráter de crianças) - Teatro Amador (com jovens e adolescentes) - Distribuição de cestas básicas e de roupas - Bazar - Corrida Jovem contra as Drogas - Mutirão Social (Com trabalho voluntário de diversos profissionais) e Marchas Para Jesus. Mas o tempo foi passando, a inadimplência dos associados, aliada ao desgaste de muitos voluntários que, por uma razão ou outra deixaram de contribuir, e a realidade de descaso que a obra social enfrenta em nosso país, têm trazido à A.F.E. despesas e problemas que a atual diretoria não consegue driblar.
Sem sede própria, a A.F.E. está funcionando provisoriamente em uma área cedida por Brás Coutinho, que é pastor da Igreja em Taperoá.
«Temos sobrevivido com a ajuda de 15 associados fiéis, cerca de 20 voluntários que se revezam nas atividades, e com as parcerias da Colônia de Pescadores Z-53 que nos repassa a tilápia e a Cooperativa Projeto Onça, com raízes, tempero verde e frutas. Ambas provenientes do Programa Aquisição de Alimentos, da CONAB. Tínhamos a coordenação do Programa Nossa Sopa, do Governo do Estado em acordo com a Prefeitura Municipal desde 2005, mas neste ano perdemos». Afirma Brás, que também é responsável pela entidade atualmente.
Entrevistamos três idosas que são beneficiadas pelas doações: «Que Deus dê luz e força ao pastor e as pessoas que fazem este trabalho. Pois a mais de um ano que recebo esta ajuda.» (Afirmou uma das Marias)
Brás e as três Marias
Exemplo de amor e de persistência.
A A.F.E. fez parceria com o SENAC, objetivando oferecer cursos profissionalizantes às famílias carentes, mas as sérias dificuldades financeiras e de estrutura comprometeram o trabalho. A diretoria já cogitou a possibilidade de extinguir a associação.
"A maior dificuldade da A.F.E. hoje é a falta de um carro e de contribuição financeira. Se eu pudesse fazer um apelo às pessoas, eu pediria que contribuíssem com recursos financeiros; que não deixassem a entidade parar. Muita gente depende dela." Afirma Josete Tonete que é voluntária da A.F.E. a mais de três anos.
A entidade atende hoje 180 famílias cadastradas e tantas outras de forma avulsa. São cerca de mil pessoas que se alimentam com a sopa, o peixe e o fruto da horta.
De cartão na mão, Maria do Amparo recebe os alimentos doados. Com dois filhos e moradora do bairro S. Filipe, ela se considera abençoada pelo trabalho da A.F.E.
A A.F.E. reconhece e agradece a contribuição de seus poucos associados, voluntários e parceiros que têm dado as mãos nesta luta de amar e prosseguir amando o próximo.
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